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Emagrecer com dietas: os mecanismos do nosso corpo que dificultam a perda de peso

A equação parece simples à primeira vista: para perder peso, temos de gastar mais calorias do que consumimos

A equação parece simples à primeira vista: para perder peso, temos de gastar mais calorias do que consumimos
BIANCA SILVA 14/05/2019 390
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Perder peso é complicado. Não só porque é difícil deixar de comer coisas de que gostamos sem nos deixar abater quando os resultados não vêm rapidamente, mas também porque nosso corpo tem mecanismos para dificultar o processo.

A equação parece simples à primeira vista: para perder peso, temos de gastar mais calorias do que consumimos. Pensando assim, ao reduzir a carga calórica da nossa alimentação, deveríamos conseguir perder peso. Mas nem sempre é assim.

A tendência natural do nosso corpo é manter o peso que tem, explica no site Eldiario.es o divulgador científico Darío Pescador. O nome disso é homeostase, um processo guiado pelo hipotálamo, o centro de controle do sistema endócrino do cérebro.

Por quê? Porque o corpo não gosta de perder energia, como explica um vídeo do SciShow, um canal de YouTube especializado em ciência. O vídeo destrincha alguns dos fatores que tornam difícil a perda de peso:

Hormônios

Hormônios como a leptina, que estão nas células de gordura do corpo, são reduzidos quando fazemos dieta.

Um nível baixo de leptina no nosso corpo é interpretado pelo hipotálamo como inanição, então, ele começa a mandar sinais a nosso corpo de que ele deve comer mais.

Outros órgãos também usam os hormônios para advertir o cérebro de que não estão recebendo energia suficiente.

O estômago usa grelina, que regula o apetite, para dizer ao cérebro que faça mais ingestão de alimentos.

O pâncreas, por sua vez, reduz a produção de insulina, que regula o açúcar no sangue, e de amilina, que nos dá a sensação de saciedade.

Todos esses hormônios atuam em conjunto para dar uma mensagem ao cérebro: estamos com fome.

A eficiência energética

Nosso corpo reduz o gasto calórico quando vê que lhe demos menos energia. Quer dizer, quanto menos comemos, mais difícil é perder calorias.

Os órgãos e os músculos ficam mais eficientes e gastam menos energia para realizar suas funções vitais, pois foram avisados pelo cérebro de que há uma carência de "combustível".

Também buscam energia de outras fontes e, em vez de recorrer às reservas de gordura como gostaríamos, extraem sua energia dos alimentos que ingerimos durante o regime. A perda de gordura fica muito difícil.

A memória do corpo

E para dificultar mais ainda as coisas, temos de lembrar que nosso corpo também tem memória. E isso não é muito bom na hora de perder peso.

É difícil os hormônios voltarem aos níveis de produção normais uma vez que a dieta tenha sido abandonada, então, mesmo quando você está comendo normalmente, continuam dizendo para o cérebro que você está com fome.

Qual é a consequência disso? Você come mais. Assim se explica o famoso "efeito sanfona".

E também permanece a tendência de eficiência energética. É como se, ao termos submetido nosso corpo a dietas, tivéssemos assustado ele, ao retirar calorias, e agora ele não queira se arriscar a gastar muitas.

Então, mesmo anos depois de abandonar a dieta, nosso corpo segue lento na hora de gastar calorias.

Mas há outros fatores, como os genes, o tipo de comida que comemos e até aspectos ambientais que podem influenciar na facilidade que temos de emagrecer, engordar ou mantermos o peso.

Com informações do Portal Terra

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