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Comissão do Senado dá aval a projetos contra decreto de armas de Bolsonaro

Parlamentares rejeitaram relatório que sustava a tramitação de sete projetos contrários à iniciativa do presidente; propostas serão discutidas em plenário

Parlamentares rejeitaram relatório que sustava a tramitação de sete projetos contrários à iniciativa do presidente; propostas serão discutidas em plenário
REDAÇÃO 12/06/2019 400
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deu aval à discussão em plenário de sete projetos de decreto legislativo que sustam os efeitos do decreto 9.797/2019, editado pelo presidente Jair Bolsonaro, que flexibiliza a posse de armas no Brasil.

Os senadores da comissão rejeitaram relatório do senador Marcos do Val (Cidadania-ES), que recomendava a derrubada dos sete projetos. Com isso, as propostas agora serão discutidas e votadas em regime de urgência pelo restante da Casa.

O decreto de Bolsonaro questionado pelos senadores promove várias flexibilizações para a posse de armas. Uma das medidas amplia o direito a categorias profissionais como advogado, oficial de Justiça, caminhoneiro, jornalista que atue na área policial, conselheiro tutelar e agente de trânsito, entre outros.

A medida presidencial também amplia a possibilidade de importação de armas, a compra de munições e a posse, sem restrição, a proprietários rurais – antes, havia a necessidade de comprovar que exercia a atividade de caça.

O decreto de Bolsonaro também permite que menores de 18 anos de idade, inclusive crianças, possam usar armas para a prática de tiro desportivo desde que autorizado pelos pais ou responsáveis legais.

O relator do projeto defendeu o decreto presidencial. “É uma falácia achar que esse decreto está liberando arma para todo mundo. O que o decreto está fazendo é tornar público o que a Polícia Federal já fazia. Não está liberado (armas) para todo mundo (…), você vai ter que passar por todos os critérios (da PF), que são superdifíceis. É mais fácil você entrar para a polícia para ter a sua arma do que hoje você ter a posse de armas, ainda assim com o decreto”, disse.

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